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Juan Manuel Santos, o homem que apostou tudo pelo sonho de paz

Risco e cálculo são as palavras que melhor definem a trajetória do Presidente da República.

“As pessoas acreditam que porque jogava poker tenho uma mente tahúr. ¡Era o que faltava!. O bom jogador calcula os riscos, e tem que arriscar na vida para ser bem sucedido”.
Isso foi o que o presidente Juan Manuel Santos disse à revista Bocas em setembro de 2011, quando seu governo já estava adiantando reuniões secretas com as Farc mirando um processo de paz que - traz quase quatro anos de negociações em La Habana- conduziu o acordo assinado no dia 26 de setembro em Cartagena.
Correr riscos tem sido uma das principais impressões durante a trajetória deste homem, que no dia 10 de agosto completou 65 anos e que na sexta feira se transformou no primeiro colombiano em ganhar o prêmio Nobel de Paz. “Por seus esforços tenazes para colocar um fim na guerra civil que tem vivido seu país por mais de 50 anos”, justificou o Comité Norueguês do prêmio.
Em 1991, depois de nove anos em Londres como chefe da Delegação Colombiana junto à Organização Internacional do Café e outro tanto em Bogotá como subdiretor do jornal EL TIEMPO, se arriscou na vida política como ministro de Comércio Exterior do presidente César Gaviria, nas primeiras manhãs da abertura econômica.
Aos 40 anos, o filho de Enrique Santos Castillo, editor geral deste jornal, preferiu “ter o verdadeiro poder, que é quando se assina ‘publiquem, comuniquem e cumpram’, a ter uma grande influência,que é o que se tem como diretor do jornal EL TIEMPO”, em palavras do então constituinte Alfonso Palácio Ruedas, quem teve que ver muito com sua decisão.
¿Outra Constituinte?
Um dos episódios mais polêmicos de sua vida teve lugar seis anos depois, quando se aventurou propondo uma assembleia constituinte para conjurar a crise que afrontava o presidente Ernesto Samper a causa do processo 8.000. Santos, codiretor do Partido Liberal até esse ano, nao deu importancia a que sua iniciativa falida pudesse derrubar o presidente de seu coletivo.
“Além de sua vanidade, seu principal inimigo é sua excessiva frialdade e seu e excessivo cálculo”, comenta um de seus assessores de cabeceira, que prefere se manter em anonimato.
A meados do ano 2000, depois de uma pré candidatura falida para as eleições de 1998 e um pulso duro com Andrés Pastrana -quem incluiu uma proposta para revogar o então presidente conservador-, Santos correu o risco de ficar a frente do Ministério da Fazenda no meio da pior crise econômica em décadas.
Sua formação acadêmica era perfeita para a vaga, pois estudou economia e administração da Universidade de Kansas e havia feito uma maestria em desenvolvimento econômico na London School of Economics.
Durante seus dois anos no trabalho não deixou passar a chance de brilhar: entre suas conquistas conquistas, acabou com uma taxa de desemprego que superava os 20 por cento e uma inflação que estava perto dos dois dígitos.
Foram necessários mais cinco anos para o seu próximo ato de bravura: a criação da primeira dissidência liberal significava desde o Novo Liberalismo de Luis Carlos Galán. Seu objetivo era aglutinar os seguidores do presidente Álvaro Uribe após a expulsão dos toldos vermelhos de 19 congressistas que votaram para a reeleição. Foi assim que nasceu o Partido da Unidade Nacional, que hoje se conhece como ‘la U’ e é o mais poderoso no
congresso.
A recompensa veio no ano seguinte: Uribe, recém reeleito, o nomeou ministro de defesa, o que representa ser uma espécie de gerente da bem sucedida política de Segurança Democrática.
Como fez em sua época como Ministro da Fazenda, voltou a brilhar: sob seu comando, a Força Pública eliminou os líderes guerrilheiros como o ‘Negro Acácio’, ‘Martin Caballero’ e ‘Raúl Reyes’, o primeiro membro do secretariado dado de baixa.
Recorde Político
Claro, esses quase três anos não estiveram isentos de ousadias. Na Operação Jaque que foi bem popular na mídia, por exemplo, jogou uma carta muito arriscada: usar os emblemas do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para enganar as Farc e libertar a Ingrid Betancourt. Sem falar em outra aposta muito atrevida: bombardear o acampamento de ‘Raúl Reyes’ em solo ecuatoriano.
Juan Manuel Santos chegou ao poder, no dia 7 de agosto de 2010, transformado em um homem recorde da política colombiana: não só ganhou as presidenciais com o maior apoio do candidato antigo até hoje (mais de nove milhões de votos), mas também conseguiu isso na primeira eleição popular na qual se submeteu.
Mas ainda tinha uma aposta pelo tudo ou nada, que ao dar certo, o colocaria nos livros de história: um acordo de paz com a guerrilha das Farc, responsável por um dos conflitos internos mais longos da história contemporânea.
Sua preocupação por este assunto não era nova. Em 1997, depois da cimeira de paz na abadia de Montserrat, em Bogotá, Santos se reuniu com ‘Raul Reyes’ e ‘ Olga Marin’, porta-vozes internacionais das Farc; com Carlos Castaño, líder das autodefesas, e com ‘Felipe Torres’ e ‘Francisco Galán’, do Eln, com a finalidade de avançar na procura de uma solução negociada ao conflito. Foram nesses encontros onde ventilou a ideia de uma constituinte que tanto irritou o presidente Samper, quem o chamou de conspirador.
Com este objetivo em mente e já instalado na Casa de Narinho, Santos retomou os incipientes contatos que Uribe já havia estabelecido com a insurgência. No dia 7 de setembro de 2010 enviou uma mensagem, por meio do economista Henry Acosta, na qual dizia que queria fazer a paz, propôs o Brasil e Suécia como sede para um encontro secreto
entre delegados de ambas partes e colocava em consideração o nome de seu irmão Enrique como emissário e promessa de garantía de que suas intenções eram sérias.
O resto é história. Mas entre aquele recado inicial e a assinatura do ‘Acordo final para a terminação do conflito e a construção de uma paz estável e duradoura’, faz duas semanas, houve um fato que evidenciou -talvez como nunca antes- o caráter arriscado de Santos. No dia 4 de novembro de 2011 -quando as conversas preparatórias já haviam começado, já tinha se definido o início das exploratórias em Cuba e estavam certos dos plenipotenciários do governo e das Farc-, o presidente decidiu bombardear o acampamento de ‘Alfonso Cano’, em uma zona rural de Morales (Cauca).
‘Cano’, quem faleceu durante o ataque, não só era o chefe máximo das Farc, mas também o “grande ideólogo desta aproximação final, junto ao presidente Santos”, nas palavras de Acosta.
Mais uma vez, Santos apostou forte e ganhou: em lugar de quebrar o diálogo, a guerrilha reorganizou seu mando e seguiu adiante com o processo.
Mas os ganhadores nem sempre geram simpatia. Paradójicamente, o homem que hoje é admirado no mundo todo é um dos presidentes mais impopulares do país.
“Junto com Andrés Pastrana é dos presidentes que pior imagem já teve”, diz César Valderrama, presidente da Datexco. Na última pesquisa feita por Pulso País e revelada ontem, o 57 por cento dos consultados desaprovou a maneira como Santos leva o país, frente a apenas um 39 por cento de aprovação.
“Nós atribuímos isso a que as pessoas ainda não entenderam o modelo e país que ele propõe. Entre o 50 e 60 por cento nao entende. Ele não é uma pessoa fácil e se ler”, comenta Valderrama.
A filosofía de Santos ao respeito é clara. “Estou mais que disposto a pagar o custo e procurar a paz com meu capital político. O capital político é para ser gasto”, já repetiu várias vezes nos últimos anos.
Um presidente exemplar
Assim, calculando friamente os riscos e apostando neles, o presidente número 59 da Colômbia “aproximou este sangrento conflito a uma conclusão pacífica e cimentou a maioria das bases com miras a um desarmamento verificável dos guerrilheiros das Farc e um processo histórico de reconciliação nacional”, em palavras do Comité Norueguês do Nobel.
Até seus contraditores reconhecem que, depois deste significativo reconhecimento, Juan Manuel Santos passou para a história nacional como um dos presidentes mais importantes.
“Passa por cima de muitos e está entre os primeiros”, diz a jornalista Salud Hernández, crítica de sua administração. “Com ou sem a finalização bem sucedida o processo de paz, é um dos presidentes mais importantes da Colômbia”, anota Arlene B. Tickner, professora da Faculdade de Ciência Política da Universidade del Rosario.
“É um presidente do nível de Enrique Olaya Herrera (1930-1934) ou de Carlos Lleras (1966-1970). Santos era criança quando o conflito começou, cresceu com ele e está prestes a colocar um ponto final nele. É, sem dúvida, o maior político de sua geração”, conclui Jorge Restrepo, diretor do Centro de Recursos para o Análise de Conflitos. (Cerac).
BERNARDO BEJARANO G. E CARLOS GUEVARA
Redação Domingo*
Com reportagem de Sofía Gómez.
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