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Um longo processo de paz para a Colômbia
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A assinatura documento terá lugar o día 26 de setembro na Cartagena com a presença de numerosos chefes de Estado.

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Um longo processo de paz para a Colômbia

O século XXI começou para a Colômbia com una nova esperança de ter a ansiada paz.

O século XXI começou para a Colômbia com una nova esperança de ter a ansiada paz. Desde 1998, o governo de centro-direita do conservador Andrés Pastrana Arango teve aproximações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), as quais concretaram-se com a implementação de uma zona de concentração para os combatentes de 42.000 kilómetros cuadrados comprendendo os departamentos de Caquetá e Meta. (O custo de méio século de guerra)

A zona, conhecida popularmente como Zona do Caguán (pelo nome da municipalidade central da concentração) iría servir como centro dos diálogos entre as partes, logo de errados experimentos no estrangeiro (Caracas e Tlaxcala (México) entre 1991 e 1992). A questão mais polêmica foi que nos acordos levados de forma segreda com as Farc concertou-se que na zona não deveriam estar as forças militares e de polícia, tendo as Farc o domínio inteiro da zona.

Os diálogos formais foram instalados, após de muitas dificuldades, o 7 de janeiro de 1999 com o episódio da “Cadeira Vazía”, chamado assim pela não apresentação no ato do comandante geral das Farc, Manuel Marulanda Vélez ‘Tirofijo’, deixando sozinho no andaime ao presidente Pastrana.

Os possíveis avanços nos diálogos foram apagados pelo escalamento da guerra. Os raptos e outras manobras violentas das Farc desconcertavam á população que assistíam os diálogos com muito pessimismo. A zona de distensão logo foi entendida como um espaço de recuperação dos combatentes das Farc após defrontar as forças oficiais em outros territórios do país.

Tambén era o centro de coordenação de manobras como a que deu fim aos mesmos diálogos. No 20 de fevereiro de 2002, um comando das Farc fez baixar um avião da aerolinha Aires em que viajava o senador Jorge Eduardo Gechem, sequestrando ele.Na mesma noite, o Pastrana decidiu terminar com os diálogos, dando 24 horas aos membros das Farc para que deixarem a zona. Na confusão, a então candidata presidencial pelo Partido Verde, Ingrid Betancourt, quis falar com os líderes guerrilheiros para resgatar os diálogos. Em troca, foi raptada. (Estes sao os acordos da negociaçao entre o governo e as Farc)

O falido processo já era o primeiro ponto da campanha presidencial em andamento. O polêmico ex governador do departamento de Antioquia. Álvaro Uribe Vélez, ganhou popularidade criticando o processo, mesmo sendo vítima de atentados por parte das Farc. O Uribe ganhou a presidência prometendo acabar com as Farc em quatro anos. No mesmo dia da sua posse, 7 de agosto de 2002, as Farc atacaram a Casa de Nariño, o palácio presidencial colombiano.

O primeiro passo do Uribe foi a implementação de uma muito polêmica Política de Segurança Democrática, para atacar os grupos guerrilheiros. Nos oito anos da presidência do Uribe, as Farc sofreram incríveis perdas como a morte do chefe Raúl Reyes o 1 de março de 2008 no Equador (logo de uma operação que gerou uma muito grave crise diplomática com o vizinho país) e a liveração no 2 de julho do mesmo ano da Ingrid Betancourt e outros catorze raptados na inteligentemente planejada Operação Xeque. As Farc também agitaram o país com atos de terror como o rapto no 2002 e logo assasinato no 2007 de doze vereadores do departamento do Valle del Cauca e a bomba contra o clube social El Nogal o 7 de fevereiro de 2003.

Prometendo continuar o legado do Uribe, seu ministro de Defesa, Juan Manuel Santos, ganhou a presidência no 2010. O primeiro logro do Santos contra as Farc foi a morte do chefe das Farc Jorge Briceño ‘Mono Jojoy’ o 22 de setembro do 2010 na Operação Sodoma. Outro dos chefes históricos das Farc, Guillermo León Sáenz ‘Alfonso Cano’, caiu na Operação Odiséu o 4 de novembro de 2011.

O 4 de setembro do 2012, o Santos confirmou que de um ano e meio atrás vinha tendo negociações segredas com as Farc com a ajuda do mediador Enrique Santos. O 18 de outobro do 2012, nas cercanías de Oslo (Noruega), anunciou-se o começo das negociações que seríam levadas formalmente em Havana (Cuba).

O processo não esteve isento de dificuldades, como a morte de onze soldados logo de uma emboscada das Farc na municipalidade de Buenos Aires (departamento do Cauca) e o rapto do generall Rubén Darío Alzato no Chocó. (O plebiscito pela paz na Colômbia)

Depois de quase quatro anos de rondas de conversações divididas em ciclos (cada um de onze días de duração), o governo e as Farc chegaram a um acordo final o pasado 24 de agosto. A assinatura deste mesmo documento terá lugar o día 26 de setembro na Cartagena com a presença de numerosos chefes de Estado. No entanto, o tratado final será avaliado pelos colombianos numa votação o día 2 de outobro.

LUIS AMAYA
Editor segundo de Internacional do jornal EL TIEMPO

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